terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ao som de rap, Chávez lança Grande Pólo Patriótico".

     Curtindo um rap do bom e prometendo "uma surra na burguesia" nas próximas eleições, o presidente da Republica Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez, ressuscitou nesta sexta-feira uma coalizão política de esquerda com a qual pretende obter um novo mandato e dar continuidade no imenso progresso social que o país latino vem vivendo.
  "Viva a Venezuela! Viva o hip-hop!", dizia Chávez ao lado de jovens rappers venezuelanos no lançamento do "Grande Pólo Patriótico.", que na semana passada jogou uma bola de beisebol para jornalistas a fim de negar mais uma notícia mentirosa, publicada nos Estados Unidos, de que ele teria sido internado às pressas com problemas renais.
Chávez havia abandonado o Pólo Patriótico, mas agora o recriou, reunindo o seu Partido Socialista Unificado a movimentos comunitários e outras agremiações menores, como o Partido Comunista.
"Este é um marco no transcurso da revolução socialista", disse ele numa cerimônia no palácio presidencial de Miraflores. Em 2012 ocorrerá eleições presidências  na Venezuela e Hugo chaves pretende obter mais de 60% dos votos e assim dar continuidade as profundas melhorias que o pais vem tendo na educação,saúde e social.
Desde que se tornou presidente, Chávez já convocou cerca de uma dúzia de eleições no país, das quais só perdeu uma. Ele consegue isso graças à popularidade dos seus programas de educação e saúde nas favelas. 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

América Latina clama fim do bloqueio à Cuba na Assembleia da ONU




 Pelo vigésimo ano consecutivo, o reclamo mundial para que cesse o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba ganhou força no plenário da Assembléia Geral das Nações Unidas, cumpridas quatro jornadas de discursos.
Esse assunto aparece no programa de debates do máximo foro mundial sob o titulo Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba", para ser discutido em outubro.
Ao expor essa demanda ante o foro dos 193 Estados membros da ONU, o presidente do Peru, Ollanta Humala, disse que "o caminho da paz e da reconciliação passa por pôr fim do bloqueio a Cuba."
Pouco dantes o mandatário de Suriname, Desiré Delano Bouterse, sustentou que o cerco norte-americano contra a maior das Antilhas dificulta a situação do povo cubano e tem um efeito negativo sobre o futuro.
O chefe de Estado perguntou à Assembléia Geral quantas resoluções mais há que adotar (na ONU) dantes de que se faça justiça ao povo de Cuba e pediu uma nova condenação desse órgão ao bloqueio que dura já meio século.
Por sua vez, o presidente de Paraguai, Fernando Lugo, dedicou um destacado espaço de sua intervenção à questão desse assédio e recordou a histórica posição de seu país e da América Latina e do Caribe a favor do fim imediato dessa medida.
Disse que esse impasse afeta o livre intercâmbio e a prática transparente do comércio internacional e ratificou que o Paraguai não reconhece a aplicação extraterritorial de leis internacionais que atentam contra a soberania de outros Estados.
A seu turno, o chefe de Estado boliviano, Evo Morales, ressaltou que a cada ano quase 100 por cento dos membros das Nações Unidas, com exceção dos Estados Unidos e Israel, exigem o cesse e o levantamento do bloqueio a Cuba.
Do mesmo modo, o mandatário guatemalteco, Álvaro Colom, reafirmou sua rejeição à prática de aplicar sanções e medidas coercitivas adotadas unilateralmente e exortou "o Governo dos Estados Unidos que deponha o embargo econômico à República de Cuba".
Na terceira jornada de discursos, o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, vinculou sua crítica ao bloqueio com a importância de uma América Latina forte e unida.
Considerou que o assédio estadounidense contra a ilha antilhana "não é só um anacronismo e um episódio passado de história que queremos superar definitivamente", senão também "um passo para a desunião, um estorvo no curso da história".
Em tanto, o premiê de Granada, Tillman Thomas, sublinhou que o bloqueio a Cuba constitui uma inquietude caribenha e que "todos menos uns quantos membros da ONU" têm votado sistematicamente por sua eliminação.
No mesmo sentido e também do Caribe falaram os premiês de San Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, Antiga e Barbuda, Winston Baldwin Spencer, e Barbados, Freundel Stuart, bem como o chanceler de Saint Kitts e Nevis, Sam T. Condor.
Em termos similares, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, reiterou seu apelo pelo cesse do cerco econômico, comercial e financeiro contra o povo de Cuba, enquanto seu colega tanzano, Jakaya Mrsiho Kikwete, denunciou que se trata do bloqueio mais longo da história.
Também o fizeram os premiês do Timor Leste, Kay Rala Xanana Gusmão, Lesotho, Pakalitha Betuel Mosisili, e Guiné Bissau, Carlos Gomes, e o chefe de Estado namíbio, Hifikepunye Pohamba.
A denúncia contra o bloqueio também se escutou desde o Pacífico longínquo por intermédio dos chefes de governo de Vanuatu, Meltek Sato Livtunvanu, e de Ilhas Salomão, Danyy Philip.
Este será o vigésimo ano consecutivo em que a Assembléia trata essa questão e se espera que assim como nas 19 ocasiões anteriores, o plenário aprove uma resolução de condenação ao assédio de Washington contra a ilha caribenha.
No ano passado, o repudio a esse bloqueio foi respaldado por 187 países em frente aos únicos votos dos Estados Unidos e Israel e as abstenções das Ilhas Marshall, Micronesia e Palau.
Fonte: Prensa Latina

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Chilenos/as participam de Plebiscito Nacional pela Educação nos próximos dias 7 e 8 de outubro



por Karol Assunção
Jornalista da Aditall


 Nos próximos dias 7 e 8 de outubro, chilenos e chilenas residentes no país ou no exterior poderão expressar sua opinião a respeito da educação no Chile. O Plebiscito Nacional pela Educação consistirá em quatro perguntas sobre as questões que geraram a mobilização de estudantes desde abril passado.
Os interessados responderão "sim” ou "não” às perguntas: "Você está de acordo que exista uma Educação Pública gratuita e de qualidade em todos os níveis, garantida pelo Estado?”, "Você está de acordo com que escolas e liceus sejam desmunicipalizados, voltando a depender do Ministério da Educação de forma descentralizada, participativa e autônoma?”, "Você está de acordo que o lucro com fundos públicos deva ser proibido em todos os níveis da educação chilena?”, "Você está de acordo com a necessidade de incorporar um Plebiscito Vinculante, convocado pelos cidadãos, para resolver os problemas fundamentais de caráter nacional?”.
A população chilena poderá participar de forma presencial – em mesas instaladas em colégios, universidades, hospitais, praças e outros locais públicos espalhados por todo o país - ou pela internet, através do sítio http://www.votociudadano.cl/. Para votar, é preciso ter mais de 14 anos de idade e apresentar cédula de identidade.
Uma Enquete Nacional do Centro de Estudos da Realidade Contemporânea (Cerc), divulgada na semana passada, revelou que 89% da população nacional apoia as demandas estudantis e 71% é favorável à realização do plebiscito para solucionar o impasse entre Governo e estudantes sobre a questão educacional no país.
Desde o final de abril, estudantes chilenos estão mobilizados por uma "educação pública, gratuita e de qualidade”. As manifestações, que começaram com cerca de oito mil pessoas, receberam adesão de outros atores sociais, como trabalhadores, sindicalistas, professores e trabalhadores da educação. No dia 9 de agosto, por exemplo, uma manifestação pelo ensino gratuito e de qualidade levou cerca de 100 mil pessoas às ruas de Santiago, capital do país.
Projeto de Lei

Enquanto organizações sociais buscam a realização do Plebiscito como estratégia para solucionar o impasse, o Governo chileno procura maneiras de criminalizar o protesto social. No último domingo (2), o presidente do Chile, Sebastián Piñera, apresentou um projeto de lei que altera o artigo 269 do Código Penal a fim de criminalizar atos sociais como ocupar ruas ou escolas. Tal projeto ainda será enviado ao Congresso Nacional.
De acordo com informações de Telesur, Piñera, durante um ato realizado na Casa de Governo, afirmou que o objetivo da lei é impedir que policiais sejam atacados pelos manifestantes. "O que atente contra a ordem pública, contra Carabineiros, contra a Polícia de Investigações (polícia civil), contra a tranquilidade dos cidadãos, da propriedade pública e privada, vai se encontrar com uma legislação dura, firme, que vai impor os castigos que correspondem”, declarou.
O projeto de lei ainda pretende endurecer as penas de quem saquear, impedir o trânsito e interromper serviços públicos como transporte e saúde. Quem participar de tomadas de colégios, liceus ou universidades poderá sofrer penas de até três anos de prisão